O botulismo é uma doença neuroparalítica grave que afeta tanto humanos quanto animais, provocada pelas neurotoxinas botulínicas (BoNTs). Essas toxinas agem na junção neuromuscular (JNM) dos nervos somáticos, que controlam os músculos cranianos e esqueléticos, bloqueando a liberação de acetilcolina (ACh). Como consequência, ocorre a perda de comunicação entre os nervos e os músculos, levando à paralisia e atrofia muscular. O botulismo é classificado como uma síndrome neuromuscular pré-sináptica, caracterizada principalmente pela fraqueza muscular. As BoNTs são produzidas por diferentes tipos de bactérias do gênero clostridium, que apresentam grande diversidade genética e metabólica. Essas toxinas são as proteínas mais potentes conhecidas, e sua toxicidade varia conforme a via de entrada no corpo humano. Existem seis formas clínicas de botulismo reconhecidas: 1. botulismo alimentar clássico; 2. botulismo de ferida; 3. botulismo intestinal, incluindo o botulismo infantil; 4. botulismo por inalação; 5. botulismo de origem desconhecida; e 6. botulismo iatrogênico, que ocorre devido à administração inadequada da toxina botulínica como agente farmacêutico. O botulismo alimentar, causado pela ingestão de BoNTs, é a forma mais comum da doença em todo o mundo. Contudo, atualmente, a exposição mais frequente dos humanos às BoNTs ocorre por meio de injeções para tratamentos médicos, voltados para uma ampla variedade de distúrbios neurológicos e terapêuticos, um desenvolvimento notável para essa toxina. Milhares de injeções são realizadas anualmente, e o número de doenças tratadas com a toxina continua a crescer rapidamente. Fonte: Eric A. Johnson, Cesare Montecucco, Chapter 11 Botulism, Handbook of Clinical Neurology,Elsevier,Volume 91,2008,Pages 333-368, https://doi.org/10.1016/S0072-9752(07)01511-4.
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Em abril de 2022, um grupo de pesquisadores da Universidade de Cambridge, publicou um estudo demonstrando a possibilidade de rejuvenescer células em 30 anos. Os